Aqui encontrei o melhor vilão do King dentre os livros dele que já li até o momento. O Norman foi um dos personagens que mais me despertou sentimentos ruins em toda minha trajetória literária. Um homem complemente desequilibrado que da desespero de ler. E a pior parte desse encontro com o vilão é perceber que ele é muito real e que o mundo está cheio de Norman Daniels.

Incrível o quanto a escrita do autor não para de me surpreender, especialmente em Rose Madder ela é extremamente potente. Assim como a potência das personagens femininas, que vão além da Rosie muito real e carregam uma enorme força feminina no livro. Acho que qualquer pessoa que fez essa leitura ficou muito feliz com a Anna, gritou muito com a Gert e ficou muito orgulhoso da Rosie.

A mulher no quadro muito me intrigou no começo da narrativa, mas confesso que quanto mais o quadro se fazia importante mais confusa eu ficava ao tentar entender onde o autor queria chegar. Por se tratar de um livro que aborda majoritariamente de assuntos e perigos reais, eu acabei esquecendo que o King é um autor que ama o sobrenatural, e foi só quando eu lembrei que isso também estava presente na obra que eu consegui de fato apreciar a mulher no quadro e sua razão de estar ali. 

Esse é um livro que retrata a violência doméstica com um toque de sobrenatural, mas não se engane em pensar que o sobrenatural é o que assusta aqui, o verdadeiro terror dessa obra está na violência do ser humano.

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